Sunday, April 1, 2007

Intermitente

Anseio cada vez mais a tua ausência, pois desde então tens me consumido como uma chama que apaga aos poucos um pequeno toco.
As saudades não te levam e por isso não consigo dormir.
Respeito-me dando voltas à cama, agora só minha.
Insulto-me fantasiando o passado no presente, mas nem assim me ofendo.
Cada vez mais me procuro e quando estou perto daquele ultimo bolso, lembro me que está roto e isso entristece-me.
Tenho sono, mas não me deixas dormir.
Estou cansado, mas não me deixas parar.
Nem sozinho consigo estar.
Tanta importância que me estou a dar, mas nem o meu ego é o mesmo, tão pequeno, tão mentiroso.
Respiro novo ar. Adormeço por fim.
Amanhã ainda existe um grande bocado do pequeno toco.

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